sexta-feira, 3 de setembro de 2010

60 anos de TV no Brasil

História da televisão no Brasil








A Televisão no Brasil teve sua pré-estréia no dia 3 de Abril de 1950 com a apresentação de Frei José Mojica. As imagens não passaram do saguão dos Diários Associados, onde havia alguns aparelhos de TV instalados. A inauguração foi em 18 de setembro de 1950, em São Paulo(SP), através da TV Tupi canal 3, a televisão teve seus primeiros anos marcados pela fase de aprendizagem, tanto técnica quanto artisticamente. Os recursos eram primários, com o equipamento mínimo suficiente para manter a estação no ar e a maior parte dos profissionais trabalhavam dentro dos conhecimentos que haviam adquirido no rádio, no cinema ou no teatro.



Com poucas horas diárias de permanência no ar, em geral das 18 às 22h(horário nobre), a programação era bastante variada veiculando dramaturgia, musical, humorismo, jornalismo, programas infantis, esportes e variedades.



ANOS 50




Programa Tele Gongo.




Na década de 50 o humor era feito através de quadros ou pequenas histórias, utilizando, quando possível, a presença de auditório. Programas de circo eram transpostos para o estúdio exatamente como se apresentavam no picadeiro. Para o público infantil havia sessões de desenhos animados, gincanas e competições. Os telejornais foram constantes na programação, sendo que os mais famosos, emitidos no horário nobre, tiveram longa duração. As reportagens eram feitas em condições precárias, mais lidas que ilustradas e utilizando como fonte de informação notícias recortadas dos jornais locais. Era o que se conhecia humoristicamente como gilete-press. As poucas matérias externas eram realizadas com câmeras de cinema, pois os equipamentos de televisão, muito grandes e pesados, não permitiam a agilidade de coberturas diárias que um telejornal necessita. Utilizavam-se os equipamentos de TV em externa apenas para a transmissão de esportes.



Com a iniciante força de comunicação da televisão, as agências publicitárias intensificaram as pesquisas de opinião para conhecer os hábitos de consumo do telespectador e qual o melhor horário para veicular seus produtos. Criado em 1954, o IBOPE -Instituto Brasileiro de Opinião e Pesquisa fornecia a audiência. Acelerava-se o fator que viria a se transformar na força dominante da televisão: a publicidade.



Principais acontecimentos da década de 50:



· No dia 14 de Março de 1952 é inaugurada a TV Paulista, canal 5 de São Paulo, pertencente as Organizações Victor Costa.



· Em 27 de Setembro de 1953 foi a inauguração da TV Record de São Paulo.



· Dia 15 de julho de 1955, inauguração da TV Rio por João Batista do Amaral (conhecido por Pipa Amaral) e o cunhado Paulo Machado.



· Em 8 de setembro de 1955 é inaugurada a TV Itacolomy de Belo Horizonte.



· O videoteipe foi usado pela primeira vez no Brasil em 1958, com a apresentação de "O Duelo", de Guimarães Rosa, pelo programa de teleteatro "TV de Vanguarda", da TV Tupi de São Paulo. A estréia do novo equipamento foi precária pois não havia possibilidade de montagem. · Em 1959 é inaugurada a TV Excelsior de São Paulo. Em Outubro, o Ministro da Justiça, Armando Falcão, assina a primeira legislação regulamentando a censura de TV no Brasil.



ANOS 60




Programa do Chacrinha




Os anos 60 trouxeram renovações para o veículo que alteraram profundamente o seu comportamento. As novidades tecnológicas permitiram maior agilidade e maior alcance da informação iniciando as condições para que a televisão se consolidasse como o mais importante veículo de comunicação.



Dois gêneros de programas contribuíram para que a TV se tornasse fenômeno de comunicação de massa no país: o programa de auditório (com a introdução dos comunicadores) e a telenovela.



Profissionais como Chacrinha (Abelardo Barbosa), Flávio Cavalcanti, Hebe Camargo e Silvio Santos surgiram, cada um com um estilo próprio, e todos obtendo enorme audiência para as emissoras nas quais trabalhavam. Os comunicadores Chacrinha e Silvio Santos dirigiam-se a um público de nível sócio-cultural mais baixo, apresentando atrações de apelo popular como calouros, gincanas, distribuição de brindes, concursos, premiações e outros. Chacrinha tornou-se um fenômeno de comunicação analisado por estudiosos por sua maneira de apresentação, sua maneira de se vestir e pelos prêmios estranhos que distribuía ao seu auditório. Flávio Cavalcanti manteve o esquema que o havia consagrado anteriormente em programas de rádio: a divulgação da música popular brasileira, com lançamentos e concursos. Os três comunicadores valiam-se da presença de júris, compostos por pessoas famosas. O programa de Hebe Camargo tornou-se uma espécie de sala de visitas de São Paulo, recebendo todas as personalidades em passagem pela cidade. Dirigido a um público mais exigente, o programa exibia desfiles de moda, debates, bailados, entrevistas famosas e boa música popular brasileira.



O Estado investiu na propagação da televisão: construiu um moderno sistema de microondas com o dinheiro arrecadado pelo Fundo Nacional de Telecomunicações e gerenciado pela recém-criada EMBRATEL; abriu crédito para a compra de receptores; forneceu infra-estrutura para a sua expansão. A EMBRATEL tinha a função de prestar serviços no setor das comunicações nacionais, implantando, mantendo, explorando e expandindo o sistema nacional. A Globo foi pioneira na transmissão, via satélite, em1968, do lançamento da nave espacial Apollo IX.



Principais acontecimentos da década de 60:



· Inauguração a TV Cultura de São Paulo, em 1963, canal 2, pelos Diários Associados.



· Inauguração da TV Globo do Rio de Janeiro, canal 4, empresa de Roberto Marinho. Às 11h do dia 26 de abril de 1965, a Rede Globo de Televisão entra no ar em São Paulo, através do Canal 5 (antiga TV Paulista, adquirida do grupo Victor Costa).



· Em 1966, vai ao ar na Rede Globo o programa de Sílvio Santos "Música e Alegria", aos Domingos com quatro horas de duração.



· Em 1967 é criado o Ministério das Comunicações que engloba a Empresa Brasileira de Correio de Telégrafos, a Empresa Brasileira de Telecomunicações (EMBRATEL), apesar de funcionar desde 62, e a Companhia Telefônica Brasileira



· No dia 1º de Setembro de 1969, estréia o "Jornal Nacional", da Rede Globo, primeiro programa regular a ser transmitido em rede nacional e que marca o início das operações em rede no Brasil. Apresentado por dois locutores: Heron Domingues (o repórter Esso) e Léo Batista. Inaugurou assim um novo estilo de jornalismo na TV brasileira:



Þ por ser em rede nacional;timing da informação - tempo curtíssimo;

Þ obsessão pelo o que está acontecendo em tempo real, o "agora";

Þ apresentação visual requintada e fria, tornando o apresentador e locutor formal e distante;

Þ assuntos diversos e variados devido aos inúmeros correspondentes no exterior e em outros estados.



· Em 1969 TV Excelsior é extinta.



ANOS 70




Glória Menezes e Tarcício Meira




As primeiras grandes conquistas técnicas da televisão no Brasil foram a transmissão em rede via satélite (1970 ) e a transmissão à cores (1972 ). A transmissão via satélite encurtou distâncias e reduziu o país e o mundo, a nível de informação, à preconizada aldeia global de Marshall Macluhan. O universo de público atingido pelo veículo cresceu assustadoramente pois tornou-se possível informar com imediatismo e credibilidade de qualquer ponto do planeta, com o telespectador testemunhando o fato ocorrido. A investida agora passava a ser para a classe média, o padrão visual se diferenciava das outras emissoras, apresentando logotipos, belas imagens, distanciando do Brasil real, que era a miséria. As novelas criam hábito ao telespectador e a Globo invade a sua programação com elas. A novela das 18h normalmente é romântica ou de época; a das 19h lida com o humor, é mais leve; a das 20h possui mais tramas, triângulos amorosos, riqueza e a das 22h são mais ousadas no conteúdo e na técnica.



A conquista da cor exigiu a instalação de novos equipamentos técnicos que, menores e mais aprimorados, permitiram mudanças inclusive na linguagem da televisão ao utilizar com grande frequência os novos efeitos eletrônicos aliados ao video tape. Essa inovação foi verificada principalmente nos programas musicais (quando os números musicais puderam deixar os estúdios e serem gravados nos mais diferentes lugares) e nos programas humorísticos, pois na dramaturgia ou na informação não eram bem aceitos. O show eletrônico aconteceu também no esporte que incorporou efeitos como replay e slow motion para melhor visualização e conferência de lances.



A década de 70 foi muito importante para o reconhecimento da programação televisiva brasileira tanto no país como no exterior. Diversos prêmios internacionais foram obtidos em diferentes gêneros de produção: musical, dramático e infantil. O melhor reconhecimento, entretanto, foi o número cada vez maior de programas brasileiros sendo consumidos em todo o mundo, especialmente a telenovela que alcançou alto nível de produção e interpretação e, conquistando no exterior um mercado inédito para a dramaturgia brasileira, introduziu modismos comportamentais na Itália, na Espanha e em Portugal.



· 25 de Janeiro de 1970, inauguração da TV Gazeta de São Paulo.



· 31 de Março de 1972 acontece a primeira transmissão a cores com a Festa da Uva de Caxias, Rio Grande do Sul.



· 1976- em janeiro inaugura a TV Studios (TVS), no Rio de Janeiro. · Em Agosto de 1976, o "Programa Silvio Santos" deixa a Rede Globo, sendo o último ídolo popularesco a sair e passa a ser transmitido pela Rede Tupi e TVS (Rio de Janeiro).



· Em 7 de Março de 1977, vai ao ar a versão feita pela Globo do "Sítio do Pica-Pau Amarelo", transformada numa telenovela infantil. Foi a versão que alcançou maior audiência.



ANOS 80




Regina Duarte em Vale Tudo




Além das grandes coberturas esportivas nacionais e internacionais, o jornalismo foi responsável, nessa época, por transmissões de grande repercussão social no país, tais como: campanhas de mobilização popular por eleições diretas, anistia política, constituinte e outras. As denúncias de todo tipo passaram a fazer parte dos noticiários, ao se perceber que elas aumentavam a audiência. A força da comunicação jornalística deu início a um sutil processo de formação de opinião que culminou, no final da década, com a eleição de um político desconhecido para a presidência do país, eleito apenas pela força de manipulação daquela que se tornou a mais poderosa emissora de televisão do país, a Rede Globo.



Nos anos 80 a telenovela começou a transformar-se no eficiente laboratório que é, atualmente, para a formação de novos autores, diretores e atores. Em relação a sua estrutura de produção, ao contrário das décadas anteriores, ela passou a ter diversos diretores: o diretor geral, os diretores de gravação de núcleos (ou seja, a divisão da história em partes, cada uma sendo dirigida por um diretor diferente), além dos diretores de elenco e de imagem. Em relação ao texto, além de adquirir uma forma de expressão bastante livre, exibindo qualquer tipo de assunto, contou, ainda, com a introdução do autor-colaborador que, dentro da idéia original do autor principal, criou novas tramas.



Dentro do aspecto técnico, cresceu bastante nos anos 80 a utilização de aparelhos residenciais de video-cassete, fazendo com que o telespectador diversificasse a própria programação entre filmes e vídeos independentes, nacionais ou estrangeiros. Pelo final da década, em razão da popularização do aparelho, algumas redes passaram a copiar seus programas mais famosos em vídeo residencial (VHS) para vendê-los ao grande público. Outra novidade foi o surgimento das produtoras independentes de vídeo que realizaram reportagens, shows e seriados. Algumas venderam seus produtos para emissoras comerciais. Outras alugaram horários em determinados canais e apresentaram o que produziam, inclusive nas TVs à Cabo (televisão paga por assinatura) que começaram a se espalhar pelo país.



· No dia 3 de Fevereiro de 1980, oficialmente, acaba a censura do telejornalismo.



· Em 14 de Julho de 1980, sai do ar a TV Tupi de São Paulo, a primeira a ser inaugurada



· 1980 - Início das operações do SBT – Sistema Brasileiro de Televisão, rede de emissoras independentes lideradas pela Record (SP) e TVS (Rio).



· 1983 - Adolpho Bloch inaugura a Rede Manchete com equipamentos de última geração, além de filmes e séries premiadas.



ANOS 90




Aqui Agora




Aumentou a comercialização de horários em diversas emissoras, alugados para a exibição de programas de vendas diretas ao consumidor e exibição de programas religiosos. A igreja Católica e várias igrejas evangélicas criaram suas redes de transmissão iniciando uma catequese eletrônica sem precedentes, até então, na televisão. Sempre houve transmissão de mensagens religiosas, principalmente as da igreja Católica, dentro de programas vespertinos, nos anos 50 e 60. Praticamente desaparecidas do veículo nos anos 70, em meados da década de 80, essas mensagens retornaram, com os horários alugados pelas igrejas protestantes, espíritas e outras, na tentativa de obtenção de novos adeptos.



As igrejas evangélicas conquistaram milhares de fiéis. Assim, conseguiram eleger diversos parlamentares que receberam do governo federal a concessão de emissoras independentes de rádio e televisão em todo o país e tornaram-se grande força de mobilização religiosa e social. O fato obrigou a igreja Católica a iniciar uma ofensiva que acabou se transformando na criação da Rede Vida de Televisão. Ao lado da Rede Família (pertencente a Igreja Universal do Reino de Deus) essas duas corporações se tornaram as maiores, no gênero.



O grande alcance da comunicação via satélite fez com que um padre católico, produtor da Rede Vida, comentasse que se Cristo voltasse à Terra iria pregar sua doutrina através da televisão. Contraditoriamente à produção religiosa, a programação de TV prestigiou, no final dos anos 80 e em toda a década de 90, a violência em diferentes níveis. O telejornalismo foi um dos maiores responsáveis por esse tipo de veiculação. Atrações especiais foram criadas para exibir notícias de desgraças, exploradas com sensacionalismo mórbido e cruel, que tiveram grande audiência e motivaram outras emissoras a veicularem noticiários com o mesmo nível de informação. Também os filmes e seriados estrangeiros propagaram exageradamente todo tipo de violência banalizando-a como uma atração normal, ao ponto de influenciar o principal produto da televisão, a telenovela. Esse tipo de dramaturgia incorporou às cenas trágicas uma violência explícita desnecessária e perdeu audiência, motivo que o levou, rapidamente, a voltar aos padrões considerados normais pelo seu público.



Nas TVs à Cabo programas específicos de violência, tais como: agressões familiares, acidentes, catástrofes, crimes e outros, produzidos pelas redes norte-americanas, foram e continuam sendo exibidos e vendidos em cópias de vídeo ao público brasileiro. A tendência de exploração da violência foi universal tanto no cinema quanto na televisão. O público, por sua vez, manteve e continua mantendo um ávido interesse nesse tipo de atração, propiciando-lhe enorme audiência.



A informação, contudo, manteve o seu caráter de esclarecimento social e prestação de serviços. Nas transmissões de grande interesse político-social foi intensa a participação do veículo. Em alguns momentos da vida pública brasileira essa participação resultou na mudança dos acontecimentos, como na campanha para o impeachement do então presidente Fernando Collor, que o obrigou a renunciar. Ao lado da imprensa em geral, também a televisão funcionou como um órgão de denúncia, não se esquecendo, contudo, que essa participação lhe favorecia a audiência.



Coerente com o aspecto de violência do veículo, se intensificou, nos anos 90, um tipo de comunicador de auditório diferente dos comunicadores, até então: o apresentador agressivo, irreverente, propositalmente sem educação, apresentando temas escabrosos como a principal atração de seus programas, fazendo da televisão um palco da miséria humana, e com isso, conquistando grande audiência e obtendo bons lucros aos seus patrocinadores, às suas emissoras e a si mesmos, pois, ainda hoje, recebem os salários mais altos da televisão. Pelo final da década esses comunicadores diminuíram, em parte, a agressividade de suas apresentações em razão de protestos, mas não abandonaram o estilo.



Em relação a função e utilidade da televisão, no entanto, uma das maiores características verificadas nos anos 90, foi sua transformação em veículo de comercialização. O comercial foi sempre de importância vital para a sobrevivência da televisão desde o seu início. Contudo, na década de 90, ele chegou a níveis muito exagerados, transformando o vídeo, além de vitrine da miséria humana, também numa vitrine de ofertas.Paralelamente a uma intensa comercialização para induzir o público a comprar, a televisão incorporou ainda um sistema no qual o público foi induzido a entregar o dinheiro diretamente às emissoras. Para isso, ela incorporou o esquema de discagem telefônica: 0900 em suas atrações, no qual o telespectador concorria a prêmios valiosos. Milhares de pessoas ligavam diariamente e muito poucas eram contempladas. Todas as emissoras iniciaram a utilização desse sistema nos mais variados programas, auferindo lucros fabulosos tanto para si mesmas quanto para os departamentos oficiais de comunicação dos governos estaduais e federais. Ante os protestos de entidades, uma pequena parte do dinheiro arrecadado passou a ser distribuído a associações ou hospitais necessitados de assistência econômica. Em relação ao veículo, tinha sido encontrada uma fórmula fácil de ganhar dinheiro e compensar programas de pequena audiência que não conseguiam se pagar apenas com a publicidade ou patrocínio. Pelo final da década, contudo, tal expediente de exploração do telespectador foi proibido pela justiça federal.



Algumas inovações da programação nos anos 90 foram:



• a maior veiculação do esporte, que por ter boa aceitação pública e patrocínio, passou a ser emitido nos horários nobres, substituindo a exibição de alguns programas consagrados e fazendo com que algumas emissoras o transformasse em sua principal atração;



• maior variedades dos programas femininos que, pela simpatia de suas apresentadoras, alcançaram boa audiência e obrigaram as emissoras que não se preocupavam com esse tipo de emissão a criarem atrações do gênero; curiosamente, aumentou, também, principalmente na rede de televisão por assinatura, programas de culinária com apresentação masculina;



• a criação da TV interativa, com programas dramáticos ou de informação, fazendo com que o telespectador participasse opinando, através de telefones, fax, ou entrevistas ao vivo, dos mais diferentes assuntos e definindo a conclusão do programa;



• na dramaturgia, foram exibidas mais intensamente minisséries e seriados, tendo sido inaugurada uma nova forma de veiculação dramática: a microssérie, com duração de apenas quatro capítulos, algumas produzidas em filme cinematográfico, com duração total de 120 minutos aproximadamente e intenções de transformação em futuros filmes.







Esses dois sites são sobre os 50 anos da tv no Brasil, tem a história detalhada, fotos e curiosidades. Vale a pena conferir!!!!!!



http://sampa3.prodam.sp.gov.br/ccsp/tvano50/apre.htm



http://www.prudenet.com.br/~luciro/

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