sexta-feira, 3 de setembro de 2010

60 anos de TV no Brasil

História da televisão no Brasil








A Televisão no Brasil teve sua pré-estréia no dia 3 de Abril de 1950 com a apresentação de Frei José Mojica. As imagens não passaram do saguão dos Diários Associados, onde havia alguns aparelhos de TV instalados. A inauguração foi em 18 de setembro de 1950, em São Paulo(SP), através da TV Tupi canal 3, a televisão teve seus primeiros anos marcados pela fase de aprendizagem, tanto técnica quanto artisticamente. Os recursos eram primários, com o equipamento mínimo suficiente para manter a estação no ar e a maior parte dos profissionais trabalhavam dentro dos conhecimentos que haviam adquirido no rádio, no cinema ou no teatro.



Com poucas horas diárias de permanência no ar, em geral das 18 às 22h(horário nobre), a programação era bastante variada veiculando dramaturgia, musical, humorismo, jornalismo, programas infantis, esportes e variedades.



ANOS 50




Programa Tele Gongo.




Na década de 50 o humor era feito através de quadros ou pequenas histórias, utilizando, quando possível, a presença de auditório. Programas de circo eram transpostos para o estúdio exatamente como se apresentavam no picadeiro. Para o público infantil havia sessões de desenhos animados, gincanas e competições. Os telejornais foram constantes na programação, sendo que os mais famosos, emitidos no horário nobre, tiveram longa duração. As reportagens eram feitas em condições precárias, mais lidas que ilustradas e utilizando como fonte de informação notícias recortadas dos jornais locais. Era o que se conhecia humoristicamente como gilete-press. As poucas matérias externas eram realizadas com câmeras de cinema, pois os equipamentos de televisão, muito grandes e pesados, não permitiam a agilidade de coberturas diárias que um telejornal necessita. Utilizavam-se os equipamentos de TV em externa apenas para a transmissão de esportes.



Com a iniciante força de comunicação da televisão, as agências publicitárias intensificaram as pesquisas de opinião para conhecer os hábitos de consumo do telespectador e qual o melhor horário para veicular seus produtos. Criado em 1954, o IBOPE -Instituto Brasileiro de Opinião e Pesquisa fornecia a audiência. Acelerava-se o fator que viria a se transformar na força dominante da televisão: a publicidade.



Principais acontecimentos da década de 50:



· No dia 14 de Março de 1952 é inaugurada a TV Paulista, canal 5 de São Paulo, pertencente as Organizações Victor Costa.



· Em 27 de Setembro de 1953 foi a inauguração da TV Record de São Paulo.



· Dia 15 de julho de 1955, inauguração da TV Rio por João Batista do Amaral (conhecido por Pipa Amaral) e o cunhado Paulo Machado.



· Em 8 de setembro de 1955 é inaugurada a TV Itacolomy de Belo Horizonte.



· O videoteipe foi usado pela primeira vez no Brasil em 1958, com a apresentação de "O Duelo", de Guimarães Rosa, pelo programa de teleteatro "TV de Vanguarda", da TV Tupi de São Paulo. A estréia do novo equipamento foi precária pois não havia possibilidade de montagem. · Em 1959 é inaugurada a TV Excelsior de São Paulo. Em Outubro, o Ministro da Justiça, Armando Falcão, assina a primeira legislação regulamentando a censura de TV no Brasil.



ANOS 60




Programa do Chacrinha




Os anos 60 trouxeram renovações para o veículo que alteraram profundamente o seu comportamento. As novidades tecnológicas permitiram maior agilidade e maior alcance da informação iniciando as condições para que a televisão se consolidasse como o mais importante veículo de comunicação.



Dois gêneros de programas contribuíram para que a TV se tornasse fenômeno de comunicação de massa no país: o programa de auditório (com a introdução dos comunicadores) e a telenovela.



Profissionais como Chacrinha (Abelardo Barbosa), Flávio Cavalcanti, Hebe Camargo e Silvio Santos surgiram, cada um com um estilo próprio, e todos obtendo enorme audiência para as emissoras nas quais trabalhavam. Os comunicadores Chacrinha e Silvio Santos dirigiam-se a um público de nível sócio-cultural mais baixo, apresentando atrações de apelo popular como calouros, gincanas, distribuição de brindes, concursos, premiações e outros. Chacrinha tornou-se um fenômeno de comunicação analisado por estudiosos por sua maneira de apresentação, sua maneira de se vestir e pelos prêmios estranhos que distribuía ao seu auditório. Flávio Cavalcanti manteve o esquema que o havia consagrado anteriormente em programas de rádio: a divulgação da música popular brasileira, com lançamentos e concursos. Os três comunicadores valiam-se da presença de júris, compostos por pessoas famosas. O programa de Hebe Camargo tornou-se uma espécie de sala de visitas de São Paulo, recebendo todas as personalidades em passagem pela cidade. Dirigido a um público mais exigente, o programa exibia desfiles de moda, debates, bailados, entrevistas famosas e boa música popular brasileira.



O Estado investiu na propagação da televisão: construiu um moderno sistema de microondas com o dinheiro arrecadado pelo Fundo Nacional de Telecomunicações e gerenciado pela recém-criada EMBRATEL; abriu crédito para a compra de receptores; forneceu infra-estrutura para a sua expansão. A EMBRATEL tinha a função de prestar serviços no setor das comunicações nacionais, implantando, mantendo, explorando e expandindo o sistema nacional. A Globo foi pioneira na transmissão, via satélite, em1968, do lançamento da nave espacial Apollo IX.



Principais acontecimentos da década de 60:



· Inauguração a TV Cultura de São Paulo, em 1963, canal 2, pelos Diários Associados.



· Inauguração da TV Globo do Rio de Janeiro, canal 4, empresa de Roberto Marinho. Às 11h do dia 26 de abril de 1965, a Rede Globo de Televisão entra no ar em São Paulo, através do Canal 5 (antiga TV Paulista, adquirida do grupo Victor Costa).



· Em 1966, vai ao ar na Rede Globo o programa de Sílvio Santos "Música e Alegria", aos Domingos com quatro horas de duração.



· Em 1967 é criado o Ministério das Comunicações que engloba a Empresa Brasileira de Correio de Telégrafos, a Empresa Brasileira de Telecomunicações (EMBRATEL), apesar de funcionar desde 62, e a Companhia Telefônica Brasileira



· No dia 1º de Setembro de 1969, estréia o "Jornal Nacional", da Rede Globo, primeiro programa regular a ser transmitido em rede nacional e que marca o início das operações em rede no Brasil. Apresentado por dois locutores: Heron Domingues (o repórter Esso) e Léo Batista. Inaugurou assim um novo estilo de jornalismo na TV brasileira:



Þ por ser em rede nacional;timing da informação - tempo curtíssimo;

Þ obsessão pelo o que está acontecendo em tempo real, o "agora";

Þ apresentação visual requintada e fria, tornando o apresentador e locutor formal e distante;

Þ assuntos diversos e variados devido aos inúmeros correspondentes no exterior e em outros estados.



· Em 1969 TV Excelsior é extinta.



ANOS 70




Glória Menezes e Tarcício Meira




As primeiras grandes conquistas técnicas da televisão no Brasil foram a transmissão em rede via satélite (1970 ) e a transmissão à cores (1972 ). A transmissão via satélite encurtou distâncias e reduziu o país e o mundo, a nível de informação, à preconizada aldeia global de Marshall Macluhan. O universo de público atingido pelo veículo cresceu assustadoramente pois tornou-se possível informar com imediatismo e credibilidade de qualquer ponto do planeta, com o telespectador testemunhando o fato ocorrido. A investida agora passava a ser para a classe média, o padrão visual se diferenciava das outras emissoras, apresentando logotipos, belas imagens, distanciando do Brasil real, que era a miséria. As novelas criam hábito ao telespectador e a Globo invade a sua programação com elas. A novela das 18h normalmente é romântica ou de época; a das 19h lida com o humor, é mais leve; a das 20h possui mais tramas, triângulos amorosos, riqueza e a das 22h são mais ousadas no conteúdo e na técnica.



A conquista da cor exigiu a instalação de novos equipamentos técnicos que, menores e mais aprimorados, permitiram mudanças inclusive na linguagem da televisão ao utilizar com grande frequência os novos efeitos eletrônicos aliados ao video tape. Essa inovação foi verificada principalmente nos programas musicais (quando os números musicais puderam deixar os estúdios e serem gravados nos mais diferentes lugares) e nos programas humorísticos, pois na dramaturgia ou na informação não eram bem aceitos. O show eletrônico aconteceu também no esporte que incorporou efeitos como replay e slow motion para melhor visualização e conferência de lances.



A década de 70 foi muito importante para o reconhecimento da programação televisiva brasileira tanto no país como no exterior. Diversos prêmios internacionais foram obtidos em diferentes gêneros de produção: musical, dramático e infantil. O melhor reconhecimento, entretanto, foi o número cada vez maior de programas brasileiros sendo consumidos em todo o mundo, especialmente a telenovela que alcançou alto nível de produção e interpretação e, conquistando no exterior um mercado inédito para a dramaturgia brasileira, introduziu modismos comportamentais na Itália, na Espanha e em Portugal.



· 25 de Janeiro de 1970, inauguração da TV Gazeta de São Paulo.



· 31 de Março de 1972 acontece a primeira transmissão a cores com a Festa da Uva de Caxias, Rio Grande do Sul.



· 1976- em janeiro inaugura a TV Studios (TVS), no Rio de Janeiro. · Em Agosto de 1976, o "Programa Silvio Santos" deixa a Rede Globo, sendo o último ídolo popularesco a sair e passa a ser transmitido pela Rede Tupi e TVS (Rio de Janeiro).



· Em 7 de Março de 1977, vai ao ar a versão feita pela Globo do "Sítio do Pica-Pau Amarelo", transformada numa telenovela infantil. Foi a versão que alcançou maior audiência.



ANOS 80




Regina Duarte em Vale Tudo




Além das grandes coberturas esportivas nacionais e internacionais, o jornalismo foi responsável, nessa época, por transmissões de grande repercussão social no país, tais como: campanhas de mobilização popular por eleições diretas, anistia política, constituinte e outras. As denúncias de todo tipo passaram a fazer parte dos noticiários, ao se perceber que elas aumentavam a audiência. A força da comunicação jornalística deu início a um sutil processo de formação de opinião que culminou, no final da década, com a eleição de um político desconhecido para a presidência do país, eleito apenas pela força de manipulação daquela que se tornou a mais poderosa emissora de televisão do país, a Rede Globo.



Nos anos 80 a telenovela começou a transformar-se no eficiente laboratório que é, atualmente, para a formação de novos autores, diretores e atores. Em relação a sua estrutura de produção, ao contrário das décadas anteriores, ela passou a ter diversos diretores: o diretor geral, os diretores de gravação de núcleos (ou seja, a divisão da história em partes, cada uma sendo dirigida por um diretor diferente), além dos diretores de elenco e de imagem. Em relação ao texto, além de adquirir uma forma de expressão bastante livre, exibindo qualquer tipo de assunto, contou, ainda, com a introdução do autor-colaborador que, dentro da idéia original do autor principal, criou novas tramas.



Dentro do aspecto técnico, cresceu bastante nos anos 80 a utilização de aparelhos residenciais de video-cassete, fazendo com que o telespectador diversificasse a própria programação entre filmes e vídeos independentes, nacionais ou estrangeiros. Pelo final da década, em razão da popularização do aparelho, algumas redes passaram a copiar seus programas mais famosos em vídeo residencial (VHS) para vendê-los ao grande público. Outra novidade foi o surgimento das produtoras independentes de vídeo que realizaram reportagens, shows e seriados. Algumas venderam seus produtos para emissoras comerciais. Outras alugaram horários em determinados canais e apresentaram o que produziam, inclusive nas TVs à Cabo (televisão paga por assinatura) que começaram a se espalhar pelo país.



· No dia 3 de Fevereiro de 1980, oficialmente, acaba a censura do telejornalismo.



· Em 14 de Julho de 1980, sai do ar a TV Tupi de São Paulo, a primeira a ser inaugurada



· 1980 - Início das operações do SBT – Sistema Brasileiro de Televisão, rede de emissoras independentes lideradas pela Record (SP) e TVS (Rio).



· 1983 - Adolpho Bloch inaugura a Rede Manchete com equipamentos de última geração, além de filmes e séries premiadas.



ANOS 90




Aqui Agora




Aumentou a comercialização de horários em diversas emissoras, alugados para a exibição de programas de vendas diretas ao consumidor e exibição de programas religiosos. A igreja Católica e várias igrejas evangélicas criaram suas redes de transmissão iniciando uma catequese eletrônica sem precedentes, até então, na televisão. Sempre houve transmissão de mensagens religiosas, principalmente as da igreja Católica, dentro de programas vespertinos, nos anos 50 e 60. Praticamente desaparecidas do veículo nos anos 70, em meados da década de 80, essas mensagens retornaram, com os horários alugados pelas igrejas protestantes, espíritas e outras, na tentativa de obtenção de novos adeptos.



As igrejas evangélicas conquistaram milhares de fiéis. Assim, conseguiram eleger diversos parlamentares que receberam do governo federal a concessão de emissoras independentes de rádio e televisão em todo o país e tornaram-se grande força de mobilização religiosa e social. O fato obrigou a igreja Católica a iniciar uma ofensiva que acabou se transformando na criação da Rede Vida de Televisão. Ao lado da Rede Família (pertencente a Igreja Universal do Reino de Deus) essas duas corporações se tornaram as maiores, no gênero.



O grande alcance da comunicação via satélite fez com que um padre católico, produtor da Rede Vida, comentasse que se Cristo voltasse à Terra iria pregar sua doutrina através da televisão. Contraditoriamente à produção religiosa, a programação de TV prestigiou, no final dos anos 80 e em toda a década de 90, a violência em diferentes níveis. O telejornalismo foi um dos maiores responsáveis por esse tipo de veiculação. Atrações especiais foram criadas para exibir notícias de desgraças, exploradas com sensacionalismo mórbido e cruel, que tiveram grande audiência e motivaram outras emissoras a veicularem noticiários com o mesmo nível de informação. Também os filmes e seriados estrangeiros propagaram exageradamente todo tipo de violência banalizando-a como uma atração normal, ao ponto de influenciar o principal produto da televisão, a telenovela. Esse tipo de dramaturgia incorporou às cenas trágicas uma violência explícita desnecessária e perdeu audiência, motivo que o levou, rapidamente, a voltar aos padrões considerados normais pelo seu público.



Nas TVs à Cabo programas específicos de violência, tais como: agressões familiares, acidentes, catástrofes, crimes e outros, produzidos pelas redes norte-americanas, foram e continuam sendo exibidos e vendidos em cópias de vídeo ao público brasileiro. A tendência de exploração da violência foi universal tanto no cinema quanto na televisão. O público, por sua vez, manteve e continua mantendo um ávido interesse nesse tipo de atração, propiciando-lhe enorme audiência.



A informação, contudo, manteve o seu caráter de esclarecimento social e prestação de serviços. Nas transmissões de grande interesse político-social foi intensa a participação do veículo. Em alguns momentos da vida pública brasileira essa participação resultou na mudança dos acontecimentos, como na campanha para o impeachement do então presidente Fernando Collor, que o obrigou a renunciar. Ao lado da imprensa em geral, também a televisão funcionou como um órgão de denúncia, não se esquecendo, contudo, que essa participação lhe favorecia a audiência.



Coerente com o aspecto de violência do veículo, se intensificou, nos anos 90, um tipo de comunicador de auditório diferente dos comunicadores, até então: o apresentador agressivo, irreverente, propositalmente sem educação, apresentando temas escabrosos como a principal atração de seus programas, fazendo da televisão um palco da miséria humana, e com isso, conquistando grande audiência e obtendo bons lucros aos seus patrocinadores, às suas emissoras e a si mesmos, pois, ainda hoje, recebem os salários mais altos da televisão. Pelo final da década esses comunicadores diminuíram, em parte, a agressividade de suas apresentações em razão de protestos, mas não abandonaram o estilo.



Em relação a função e utilidade da televisão, no entanto, uma das maiores características verificadas nos anos 90, foi sua transformação em veículo de comercialização. O comercial foi sempre de importância vital para a sobrevivência da televisão desde o seu início. Contudo, na década de 90, ele chegou a níveis muito exagerados, transformando o vídeo, além de vitrine da miséria humana, também numa vitrine de ofertas.Paralelamente a uma intensa comercialização para induzir o público a comprar, a televisão incorporou ainda um sistema no qual o público foi induzido a entregar o dinheiro diretamente às emissoras. Para isso, ela incorporou o esquema de discagem telefônica: 0900 em suas atrações, no qual o telespectador concorria a prêmios valiosos. Milhares de pessoas ligavam diariamente e muito poucas eram contempladas. Todas as emissoras iniciaram a utilização desse sistema nos mais variados programas, auferindo lucros fabulosos tanto para si mesmas quanto para os departamentos oficiais de comunicação dos governos estaduais e federais. Ante os protestos de entidades, uma pequena parte do dinheiro arrecadado passou a ser distribuído a associações ou hospitais necessitados de assistência econômica. Em relação ao veículo, tinha sido encontrada uma fórmula fácil de ganhar dinheiro e compensar programas de pequena audiência que não conseguiam se pagar apenas com a publicidade ou patrocínio. Pelo final da década, contudo, tal expediente de exploração do telespectador foi proibido pela justiça federal.



Algumas inovações da programação nos anos 90 foram:



• a maior veiculação do esporte, que por ter boa aceitação pública e patrocínio, passou a ser emitido nos horários nobres, substituindo a exibição de alguns programas consagrados e fazendo com que algumas emissoras o transformasse em sua principal atração;



• maior variedades dos programas femininos que, pela simpatia de suas apresentadoras, alcançaram boa audiência e obrigaram as emissoras que não se preocupavam com esse tipo de emissão a criarem atrações do gênero; curiosamente, aumentou, também, principalmente na rede de televisão por assinatura, programas de culinária com apresentação masculina;



• a criação da TV interativa, com programas dramáticos ou de informação, fazendo com que o telespectador participasse opinando, através de telefones, fax, ou entrevistas ao vivo, dos mais diferentes assuntos e definindo a conclusão do programa;



• na dramaturgia, foram exibidas mais intensamente minisséries e seriados, tendo sido inaugurada uma nova forma de veiculação dramática: a microssérie, com duração de apenas quatro capítulos, algumas produzidas em filme cinematográfico, com duração total de 120 minutos aproximadamente e intenções de transformação em futuros filmes.







Esses dois sites são sobre os 50 anos da tv no Brasil, tem a história detalhada, fotos e curiosidades. Vale a pena conferir!!!!!!



http://sampa3.prodam.sp.gov.br/ccsp/tvano50/apre.htm



http://www.prudenet.com.br/~luciro/
Do vídeo tape à transmissão via satélite


Em dezembro de 1959, um advento tecnológico mudou o modo de se fazer televisão no Brasil. Nesta data, começou a operar o primeiro equipamento de vídeo tape na emissora carioca TV Continental. Até a chegada desse aparelho, os programas e comerciais eram transmitidos ao vivo e os telejornais eram falados, como no rádio.

O primeiro programa a ser editado em vídeo tape foi o Chico Anysio Show, que estreou na TV Rio, em março de 1960. Em 21 de abril do mesmo ano, as Emissoras Associadas, de Chatô, transmitiram ao vivo a inauguração de Brasília. Já em setembro deste mesmo ano, Silvio Santos estreou na TV Paulista como animador no programa Vamos Brincar de Forca, que deu origem ao Programa Sílvio Santos.

O primeiro seriado filmado da TV brasileira estreou no dia 20 de dezembro de 1961. Foi o Vigilante Rodoviário, produzido por Álvaro Palácios e protagonizado por Carlos Miranda.



No ano de 1965, nascia a atual maior emissora de televisão do país: a Rede Globo. O canal 4 do Rio de Janeiro foi a primeira emissora da Rede Globo, que hoje reúne mais de 100 emissoras. Dois anos depois, em 13 de maio de 1967, outra emissora de grande importância para o país é fundada: a TV Bandeirantes de São Paulo, que hoje é a Rede Band.

Com tantas emissoras e programas inovadores, a TV brasileira entrou finalmente nas transmissões via satélite em 28 de fevereiro de 1969. Com imagem do locutor esportivo Hilton Gomes, da TV Globo, a estação terrestre Tanguá foi inaugurada. Em 15 de junho do mesmo ano, a TV Cultura de São Paulo passa a operar como prestadora de serviços públicos, mantida e administrada pela Fundação Padre Anchieta.
E foi graças às transmissões via satélite inauguradas no país cinco meses antes que os brasileiros puderam ver no dia 10 de julho, ainda de 1969, a chegada do homem à Lua. A transmissão foi feita com parceria entre a TV Globo e Tupi, por Gondijo Theodoro, Heron Domingues, Hilton Gomes e Rubens Amaral. No dia 1º de setembro, mais um programa surgiu para marcar o modo de se fazer TV no Brasil: vai ao ar, pela TV Globo, a primeira edição do Jornal Nacional, informativo transmitido para todo o território nacional que inaugurou oficialmente a rede de microondas da Embratel. Até hoje é o informativo mais tradicional da TV brasileira.
Memorial da América Latina recebe o espetáculo “Televisão 60 anos – O Show”


Dia 18 de setembro, às 20h, o Memorial da América Latina recebe o espetáculo “Televisão 60 anos – O Show”. Para tal acontecimento, o diretor do show conta com a presença de 160 artistas convidados, dentre eles: Rolando Boldrin, Inezita Barroso, Daniel Filho, Tony Ramos, Vicente Sesso, Tatiana Belinky, Georges Henry, Maria Pia Finocchio, Eva Wilma, Laura Cardoso, Lolita Rodrigues, Regina Duarte, entre outros.

Aguarde: mostra sobre os 60 anos de TV no Brasil

O evento “Televisão 60 anos – O Show” será na mesma data em que Assis Chateubriand, o fundador e jornalista responsável pela inicialização da TV no Brasil, adquiriu 20 aparelhos receptores nos EUA e espalhou pela cidade de São Paulo, inaugurando, em 1950, a primeira emissora de televisão: a TV Tupi.

Mostra sobre os 60 anos de TV no Brasil


TV Tupi foi a primeira emissora brasileira

Para o mês de setembro, a Caixa Cultural Sé prepara a exposições “60 anos de TV no Brasil”. O público terá a oportunidade de conhecer equipamentos históricos, figurinos e imagens audiovisuais.
A mostra ficará dividia em seis módulos: Inauguração da TV, Os grandes momentos da TV preto e branco, A importância das novelas na TV brasileira, A TV colorida, A TV do Futuro e Sua Opinião (estande em que o visitante poderá gravar sua opinião).
A história da televisão brasileira começou com o lançamento da TV Tupi, do jornalista Assis Chateaubriand. A primeira transmissão foi feita no dia 18 de setembro de 1950, em São Paulo.

http://catracalivre.folha.uol.com.br/2010/05/em-setembro-60-anos-de-tv-no-brasil/acesso às 21:52 h. do dia 03/09/10

OS 60 ANOS DA TV NO BRASIL

Este ano a TV brasileira completa 60 anos no ar. Desde a TV Tupi, em 1950, aos dias de hoje, a televisão no Brasil evoluiu e está entre as melhores do mundo, exportando programas e know-how para todos os cantos do planeta.

A HISTÓRIA DA TELEVISÃO: DA SUA INVENÇÃO ATÉ A TRANSMISSÃO EM CORES

A HISTÓRIA DA TELEVISÃO:


DA INVENSÃO AO INICIO DA TRANSMISSÃO EM CORES

I- HISTÓRIA DA TELEVISÃO

Assim como várias invenções brilhantes, a televisão contou com o trabalho de vários pesquisadores ao longo de anos até estar pronta para transmitir seus sinais aos telespectadores. No início do século XIX, já havia uma preocupação científica em tentar construir algo que transmitisse imagens a lugares distantes. Em 1842, Alexander Bain conseguiu transmitir uma imagem impressa via telégrafo, o que ficou conhecido como uma espécie de pai do fax. O sueco Jakob Berzellus, em 1817, descobriu o Selênio, que 56 anos depois, foi comprovado nos estudos do inglês Willoughby Smith, que possuía características que possibilitassem em transformar energia luminosa em energia elétrica. Esta tese serviu de base para a formulação de uso de eletricidade para a transmissão de imagens. A célula fotoelétrica de Julius Elster e Hans Getill foi inventada em 1892. Em 1906, um sistema de raios catódicos desenvolvido por Arbwehnelt permitiu um sistema funcional de televisão.

1- A TELEVISÃO NO BRASIL



Foto de Landell de Moura tirada em 1908.

O Padre Landell realizou experiências a partir de 1892 e 1893, em Campinas e em São Paulo. O jornal O Estado de S.Paulo noticiou que, em 1899, ele transmitiu a voz humana a partir do Colégio das Irmãs de São José, hoje Colégio Santana, no alto do bairro de Santana, zona norte da capital paulista. Também efetuou demonstrações públicas de seu invento no dia 3 de junho de 1900 sendo noticiada pelo Jornal do Commercio de 10 de junho de 1900: "No domingo passado, no alto de Santana, na cidade de São Paulo, o padre Landell de Moura fez uma experiência particular com vários aparelhos de sua invenção. No intuito de demonstrar algumas leis por ele descobertas no estudo da propagação do som, da luz e da eletricidade através do espaço, as quais foram coroadas de brilhante êxito. Assistiram a esta prova, entre outras pessoas, Percy Charles Parmenter Lupton, representante do governo britânico, e sua família".



2-TANSMISSÃO DA VOZ





Padre Roberto Landell de Moura, foi pioneiro na transmissão da voz, utilizando equipamentos de rádio de sua construção patenteados no Brasil em 1901 e, posteriormente nos Estados Unidos em 1904. Landell transmitiu a voz humana por meio de dois veículos; o primeiro, um transmissor de ondas que utilizava um microfone eletromecânico de sua invenção que recolhia as ondas sonoras através de uma câmara de ressonância onde um diafragma metálico abria e fechava o circuito do primário de uma bobina de Ruhmkorff, e induzia no secundário dessa bobina uma alta tensão que era irradiada ou através de uma antena ou de duas esferas centelhadoras. A detecção era feita por dispositivos que foram sendo melhorados ao longo do tempo.

Replica funcional do transmissor de ondas, construida por marcos cardoso de moura( maio/2004





3- DOCUMENTOS DE PATENTES COM ESQUEMATIZAÇÃO DO TRANSMISSOR

Documentos originais

Os originais das anotações do Padre Roberto Landell de Moura estão no Museu Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Documentos relativos à obtenção das Patentes do Transmissor de Ondas,Telefone Sem Fio e Transmissor e Receptor de Telegrafia, no Brasil (1901 e nos Estados Unidos (1904).

DESCRIÇÃO DAS IMAGENS:
A) Memorial Descritivo - folha 01 - da Patente Brasileira de Landell de Moura,Pat. 3279 de 9 de Março de 1901.
B) Desenho detalhe de aparelho de comunicação da patente brasileira de Landell de Moura, N. 3279 de 9 de março de 1901.
C) Memorial Descritivo - última folha - da patente brasileira de Landell de Moura, N. 3279 de 9 de março de 1901



Patente do Transmissor de Ondas - 11 de Outubro de 1904.
Patente do "Wireless Telegraph" Transmissor e Receptor de Telegrafia Sem Fio - "Wireless Telephone" - Pat. N.775.846 de 22 de Novembro de 1904.
Patente do Telefone Sem fio - "Wireless Telephone" - Pat. N.775.337 de 22 de Novembro de 1904.
Hardware do Telefone Semfio - "Wireless Telephone" - patenteado nos Estados Unidos em 1904.
Esquemático do Transmissor de Ondas - Wave Transmitter.
"Wireless Telegraph" - Transmissor e Receptor de Telegrafia Sem fio - Patenteado em 1904 nos Estados Unidos.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Landell_de_Moura



II – TELEVISÃO NO BRASIL

É inegável a influência da televisão na história do século XX e XXI. É estranho saber que um pequeno aparelho, conseguiu ser tão importante na vida de um país como o Brasil e de um planeta com mais de seis bilhões de pessoas. Há quem diga que a televisão é uma arma ideológica, que se presta como mais um instrumento de alienação. Isso pode até ser verdade, mas também é indiscutível sua importância no desenvolvimento da sociedade e compartilhamento de informações.

1- Tupi or not tupi?

A rede Tupi, criada em 1950, foi a primeira emissora de televisão do Brasil e reinou absoluta ao longo de muitos anos. Para fazer sua ideia decolar, Chateaubriand trouxe dos EUA 200 aparelhos de TV e os espalhou pela cidade, onde quem passava pela rua era “hipnotizado” pelas imagens e sons do mais novo invento a desembarcar em terras tupiniquins. A explosão da televisão no Brasil pode ser observada seis anos após sua chegada. No ano de 1956 o país já possuía o expressivo número de 1,5 milhão de aparelhos.



Assis Chateaubriand.

III - OS PRIMERIOS APARELHOS DE TELEVISÃO

Os aparelhos de TV já começavam a ser produzidos em larga escala, mas eram poucas as pessoas que tinham acesso a ele, tendo em vista que o rádio ainda era o meio de comunicação predominante e os preços ainda eram proibitivos. Nos anos 30, as telas do televisor dificilmente ultrapassavam as cinco polegadas, desta forma era difícil assistir a alguma coisa.



Muito tamanho e pouca imagem nas TVs dos anos 30

A partir desta década, a resolução das imagens melhorou consideravelmente, passando das 60 linhas para até 405. A Europa e EUA estavam na dianteira da tecnologia e, já no ano de 1936, a coroação do rei Jorge VI é considerada a primeira transmissão ao vivo da história da televisão e assistida por mais de cinquenta mil pessoas em Londres, na Inglaterra.





O tamanho diminuiu e a tela aumentou







Boom

Historicamente, o boom da televisão foi nos anos de 1950. Os eletrodomésticos invadiram os lares dos estadunidenses e ídolos como Elvis Presley davam fôlego ao American Way of Life. Antes disso, em 1940, foi realizada a primeira transmissão em cores que se tem notícia e as transmissões esportivas e os primeiros telejornais começaram a ganhar destaque.

Ainda na década de 50, milhares de pessoas já tinham acesso à TV nos EUA, Europa e Ásia e, para alegria dos brasileiros, ela desembarcou por aqui com a ajuda do empresário Assis Chateaubriand.



A TV já fazia parte da família e da mobília



IV- AO VIVO E A CORES

Mesmo com os rumores de transmissões coloridas desde os anos de 1940, somente em 1950 e 60 é que a TV em cores se popularizou no EUA e Europa. No Brasil, no ano de 1963, foi feita uma transmissão experimental em cores, mas somente nos anos 70 elas chegaram oficialmente à casa de alguns brasileiros. Transmissões ao vivo já eram comuns, mas coloridas somente em 1972, com a transmissão de uma festa típica da cidade de Porto Alegre pela TV Difusora.

No final dos anos 70 a televisão em cores já começa a se popularizar no Brasil. Já nesta década, o mundo pode ver o Brasil ser Tri-campeão da Copa do Mundo, o fim da Guerra do Vietnã, o fim dos Beatles, os desenhos Speed Racer e Pica-pau e se sentir como nunca interligado com o mundo por meio do mais poderoso veículo de comunicação até o momento.





V- A QUERIDINHA DO BRASIL

Depois de ficar colorida e com melhor resolução, a partir dos anos 70 e 80 a televisão apenas passou por uma fase de aprimoramento, tendo em vista que novas emissoras surgiram e mais satélites para a transmissão foram lançados. Porém, até hoje, utilizamos praticamente o mesmo modelo de transmissão criado nos anos de 1920: o analógico. Novos aparelhos foram surgindo ano a ano e os modelos com som estéreo já estavam disponíveis desde o fim dos anos 80. Depois disso, o investimento em telas com cada vez maior resolução virou a “bola da vez” e as TVs de tela plana,

plasma e LCD chegaram ao mercado já no fim dos anos

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VI- O QUE MUDA COM A TV DIGITAL?
A TV Digital, implantada há pouco tempo, difere em vários aspectos da analógica, utilizada desde 1920. A principal diferença está na qualidade da imagem, som e interatividade. Por ser transmitida via satélite, as ondas que seu televisor recebe dificilmente sofrem interferências, desta forma os famosos chuviscos e “fantasmas” viraram coisa do passado. Além de melhorar a transmissão, a TV Digital permite que a imagem transmitida tenha muito mais definição, já que é possível ter mais de 1080 linhas de resolução. O som também acompanha a melhoria das imagens, pois há mais canais de áudio que acompanham a transmissão das imagens.

Além disso, a prometida interatividade, que ainda não chegou por completo ao Brasil, faz parte das novidades oferecidas pela TV Digital. Para acompanhar a chegada do novo formato de TV, os aparelhos precisam estar à altura da tecnologia de transmissão.

Por isso, a cada dia novidades impressionantes surgem no mercado, como as televisões Full HD, com mais de 100 polegadas, como o modelo TH-103PZ600U da Panasonic, telões e muito mais, sem contar os Home Theater que transformam qualquer transmissão num espetáculo.

Fonte:

http://www.historiadetudo.com/televisao.html - acesso às 12:05h. do dia 28/08/10
http://www.baixaki.com.br/info/2397-historia-da-televisao.htm - acesso às 12:20 h. do dia 28/08/10
http://guiagratisblog.com/a-historia-da-televisao-no-brasil - acesso às 12:42 h. do dia 28/08/10
http://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Landell_de_Moura - acesso às 12:55 h. do dia 28/08/10
http://www.infoescola.com/comunicacao/historia-da-televisao-no-brasil/ - acesso às 13:18 h. do dia 28/08/10